América Latina: Transações de M&A na região ficam abaixo de US$ 5 bilhões em maio
Em maio de 2019, o valor das fusões e aquisições (M&A) na América Latina e no Caribe caiu 24% em relação ao ano anterior, para US$ 4,99 bilhões. O período teve apenas uma aquisição acima da marca de US$ 1 bilhão (a compra do Grupo São Francisco pela Hapvida) e mal pode ser comparado a maio de 2018, quando uma única transação foi responsável por 62% do valor total do mês. Enquanto isso, as negociações continuaram robustas, registrando um aumento de 20% no volume para 144 transações, contra 120 no mesmo mês de 2018.
No acumulado do ano, o padrão é similar, apontam os dados da EMIS. Nos 5 primeiros meses do ano, foram 697 deals somando USD 36.7 bi. Em comparação com o mesmo período de 2018, foram 632 transações concluídas num total de USD 22.1 bi. Durante este período, a maior transação foi a antecipação da venda de 90% da unidade de transmissão de gás natural TAG, pertencente a Petrobras, por USD 8.7 bi para a Francesa Engie. O segundo país mais ativo foi o México com 62 transações somando USD 1.7bi, seguido da Colombia, que ocupou a terceira posição com 52 deals, totalizando USD 2.1bi.
Como esperado, os deals que envolveram o Brasil foram maioria em maio de 2019 e representaram aproximadamente 50% do volume total (77 transações) e 70% do valor (US$ 3,5 bilhões). O México ocupou a segunda posição (16 acordos), apesar da iminente ameaça das tarifas norte-americanas sobre os produtos importados mexicanos. Um distante terceiro lugar foi a Argentina, com suas oito transações, anunciadas no contexto de um encolhimento do PIB e uma taxa de inflação de mais de 50%. Curiosamente, dois dos dez maiores negócios durante o mês ocorreram em países bastante incomuns, como as Antilhas Holandesas e Trinidad e Tobago.
Em termos de atividade por setor, o de TI e Internet teve uma presença dominante com 32 transações. A liderança se deve principalmente às numerosas rodadas de captação de recursos que as start-ups latino-americanas garantiram no mês. Os setores de Mineração e Finanças e Seguros ficaram em segundo lugar, com 14 transações cada, enquanto o setor imobiliário ficou em terceiro lugar, com 13 transações.
De todas as transações durante maio, 68 foram transfronteiriças e incluíram tanto compradores da região como de fora da América Latina.
Apenas um IPO foi concluído no período, a inclusão da empresa de geração de energia eólica jamaicana Wigton Windfarm na Bolsa de Valores da Jamaica (JSE). O IPO arrecadou US$ 41 milhões em recursos para o antigo proprietário da empresa, o grupo estatal de energia Petroleum Corporation of Jamaica.
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