Setor de Energia no Brasil
Houve esforços para diversificar a matriz de energia elétrica e a qualidade dos serviços, mas a pandemia de COVID-19 adiciona incertezas e riscos para o setor nos próximos anos.
O Brasil se orgulha de ter uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do mundo. Quase 90% de sua geração de eletricidade vem de fontes renováveis, como hidrelétricas, biomassa, eólica e solar. Seus principais desafios decorrem da dependência das hidrelétricas e da qualidade dos serviços. As hidrelétricas representam mais de 70% da geração de energia no Brasil. Embora a tecnologia seja limpa e renovável, ela apresenta outros riscos, tornando a matriz elétrica brasileira altamente exposta a secas, baixo fluxo hídrico e impactos nos ecossistemas e nas comunidades afetadas pelas enchentes criadas pelas barragens.
O país tem se esforçado para diversificar a matriz, diminuindo a participação das hidrelétricas e aumentando a participação de usinas de biomassa, eólicas e solares. As hidrelétricas continuarão sendo uma peça central da matriz energética brasileira, mas a diversificação trará mais estabilidade e segurança energética. A biomassa, principalmente a base do bagaço da cana, já tem uma longa história no Brasil e continua crescendo e aumentando sua participação no sistema elétrico. Os parques eólicos e solares estão crescendo rapidamente e prometem grandes avanços à medida em que se tornam mais eficientes.
O Programa de Parceria de Investimentos (PPI) contribui para a diversificação por meio de projetos de construção e manutenção de infraestrutura e de importação de novas tecnologias. Nos últimos quatro anos, o governo tem se distanciado de seu papel de investidor direto no setor de energia elétrica. Em vez disso, o setor público tem redefinido seu papel para permitir que mais participantes do setor privado entrem no mercado. Com esse novo papel, o poder público está orientando sua política energética ao mesmo tempo em que cria oportunidades para investidores trazerem novas tecnologias e melhorarem sua infraestrutura e qualidade de serviço.
No entanto, a pandemia de COVID-19 prejudicou os planos e representa um risco imprevisível para o setor. A economia desacelerou a níveis sem precedentes por meses e mudou o comportamento de pessoas, empresas e setores. Ainda não se sabe quais serão os efeitos duradouros da crise, e como essa incerteza irá influenciar investimentos no setor.
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